quarta-feira, 25 de maio de 2011

Pressa, pra quê?


Quero deixar uma coisa bem clara: eu não tenho pressa, para nada!

Pense bem, acabo de chegar, curioso como nunca se viu. Tenho um mundo inteiro para explorar, conhecer, experimentar, entender... Quero aproveitar.

Aproveitar cada oportunidade para brincar. Brincar com a minha comida, brincar no banho (desde que não desperdice muito a água do mundo, já sei!), brincar enquanto me visto, brincar toda hora e em todos os lugares. Por que não?

Eu aprendo enquanto brinco e quanto mais brincadeira mais eu aprendo. E tem mais...

O meu jeito de levar a vida à sério é simplesmente não levar nada muito à sério. Mas não se engane! Estou atento, ligado, esperto. Nada passa despercebido.



A borboleta que acabou de voar entre nós enquanto caminhamos em direção a algum lugar, eu vi... observei, documentei. E você, sabe de que cor afinal era a borboleta? Ah, nem reparou. Estava com pressa.

Viu aquela flor? Parecia uma bolsa de velhinha. Ah, já sei. Era a pressa de novo.

Por que aquele homem está deitado na calçada? Ele não tem casa? Você viu? Não?! Ah, já sei, a pressa, ela não deixa você ver nada.

Quer saber? Estou fugindo da pressa. Quero 'sorver' cada minutinho da vida como um delicioso picolé de uva. Porque tenho o meu tempo, só meu. E no meu tempo, não existe pressa. Existe o pensamento rápido, mais rápido que a velocidade da luz. E quando corro, também, sou veloz. Já para todo o resto, devagar, devagar, de-va-gar, a ponto de observar, ver, enxergar - de cima, de baixo, de um lado e do outro - e se bobear ainda ponho na boca só para ver que gosto tem.

Só assim dá pra ver a banda passar. Caso contrário, minha mãe, a vida passa enquanto se está com pressa.