terça-feira, 11 de outubro de 2011

Vida de Criança


 
Corria no quintal, mãe colocando a roupa na corda ou no varal. Brincadeira de menino. Anda descalço, de joelho sujo, livre, leve... solto. Dia claro, nublado, chuvoso, sol quente... nada faz parar essa gente.

O pai chegou!!! Carro na garagem. Menino levado, levado da breca. Joga bola, brinca de esconde, faz-de-conta que é grande.

E quando cai a noite, doce rotina. Comida na mesa, casa cheia. Risada, sorriso, abraço. Vida de criança. Amanhã começa tudo de novo...

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Amizade


Ele tinha cabelo moicano e usava sapatos engraçados. Perguntei seu nome e ele respondeu "Punk". Sabia que esse não era o nome verdadeiro dele, mas resolvi entrar na brincadeira. Então me apresentei e disse que era "Ninja".

Naquele dia,  o menino de cabelos espetados e eu dirigimos carros velozes, fomos à Lua, fizemos uma caçada e mais tarde salvamos pessoas em um incêndio. Quase na hora de ir embora viramos agentes secretos e nos despedimos já como grandes amigos.

Brincamos outras tantas vezes, incontáveis horas que passavam voando enquanto uma folha seca podia ser caminhão, uma garagem ou até mesmo a carne do churrasco.

Ele, sempre com aquela camisa com o número trinta e um e seu 3 ao contrário, e eu... sem nos importarmos com o tempo ou o vento ou as coisas.

Éramos apenas Punk e Ninja e o que nos unia - a amizade.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Lógica

O que você quer ser quando crescer?
Quem nunca ouviu essa pergunta não deve ser deste mundo.

Eu aqui, por exemplo, no alto dos meus cinco anos, já tive minha bochecha apertada uma centena de vezes e já respondi a famigerada pergunta algumas tantas vezes. Coisa que só passa quem é criança.

Criança que como toda criança, sem saber ao certo o que é, já quis ser bombeiro e policial.

Eu particularmente já quis ser gari. Corria na janela todas as noites de quinta-feira, dia da coleta em minha rua e dava 'tchau' para os garis - que acenavam de volta. Parecia divertido vê-los correndo e depois pulando na parte de trás do caminhão.
Só que agora, já mais maduro, decidi que vou ser projetista de carros. E uma vez decidido, movido pela certeza de enfim ter encontrado a minha futura profissão, desenhei. Imaginei carros movidos à ar, à água, plantas, eletricidade e até à própria poluição.

Projetei carros caros, que só os pedreiros poderiam comprar - já que trabalham muito e, por isso, tem muito dinheiro. Projetei carros mais baratos, para aqueles que não trabalham muito e, por isso, tem pouco dinheiro.

E, por fim, o carro mais caro que projetei somente os pedreiros que também são músicos e trabalham de dia e de noite, por isso é que têm muito dinheiro, poderiam comprar.

Mas qual não foi meu espanto, quando alguém quebrou o meu encanto.
O quê?! Os pedreiros não ganham muito depois de trabalhar tanto?

Ora, faça-me um favor, envie uma carta ao prefeito, ao presidente... esse tal de trabalho anda com a lógica ao contrário. Alguém me explica o que é essa tal de lógica?

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Pra você!


Quero presentear meus amigos com aquilo que mais gosto. Por isso, 'O alieninjena maluco' vai sortear um exemplar de O Pequeno Príncipe, um clássico da literatura escrito e ilustrado pelo piloto/poeta Antoine de Saint-Exupéry... uma super cortesia da Editora Agir para nossos leitores/seguidores.

Para participar é fácil: o pequeno príncipe, em suas andanças, descobriu a palavra "cativar" e concluiu que em sua vida havia cativado duas coisas - uma flor e uma raposa. E você, o que tem cativado?

Deixe sua resposta registrada aqui com seu nome, nome e idade da criança que será presenteada com o livro, e-mail para contato e, se quiser, pode enviar também um desenho para ninjaocidentalblog@gmail.com

O sorteio será no dia 31 de agosto! Boa sorte!





quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Parabéns


Já fui pensamento, ideia, sonho. Tive o tamanho de um grão de feijão, já fui pequeno, médio, grande. Morei em diversos lugares, vi muitas paisagens. Experimentei incontáveis sabores. E conheci muita gente, muita gente mesmo. Gente simpática, gente nem tanto. Mas de toda gente que conheci, a primeira foi você. Sua voz - a primeira música que ouvi, seu carinho - o primeiro que recebi. Seu colo, sua mão, tudo deixou uma impressão em mim. Assim, de alguma forma, sinto que ainda somos um. 

É isso. Somos um. Mas, você sabe, a matemática é maluca e às vezes um pode ser 2, 5, 10, 100 e até mil!!! Assim, sou o produto resultado de tudo que vivi e todos que conheci. Levo comigo um pedacinho de cada coisa e isso é o que me faz único, tão original.

Por isso, nesta data especial, quero lhe dizer: Parabéns! E obrigado por fazer parte da minha vida, da vida, de tudo! Que o tempo que mora em você, infinito e relativo, continue sendo sempre seu amigo.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Homem à mesa

Tenho observado a mesa, em especial a mesa de jantar. Tenho observado o jantar, em especial a hora do jantar. O que acontece, como as pessoas agem, o que fazem, porquê fazem. Isso tudo me fascina. Aquela mesa arrumada, as pessoas à volta, sentadas. Filhos, pais, netos, avós, amigos, todos ganham um certo pé de igualdade quando sentados à mesa - especialmente se ela for redonda. Quanta coisa se pode fazer, quanta conversa, quanto tempo passamos em volta da mesa. E é um tempo bem gasto, como diz a mamãe, quando se sabe fazer bom uso da tal mesa. Ela pode servir para reunir, agrupar, aproximar, apresentar...

Um dia, ainda pretendo sentar e aproveitar cada refeição, usando os talheres, o copo, o guardanapo, tudo direitinho como manda o figurino. Farei como meu bisavô, sem pressa, com jeito, da entrada à sobremesa e quem sabe encerrando com um cafezinho, sem nunca esquecer de um bom papo.

Por enquanto, ainda com pressa, só nos resta é muita conversa.

- Menino, coma tudo. Use a colher direito. Vai derrubar do prato. Preste atenção. Na mesa não é lugar de brincadeira. Pare de enrolar e coma antes que esfrie. Vai, filho, com suas próprias mãos.

Ufa, um dia vou comer feito gente grande, mas gente grande, grande mesmo. Feito gente que sabe aproveitar um bom momento à mesa. Ainda vou aprender... você vai ver.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

A formiga e a cidade

No começo era assim: elas andavam pela terra, escolhiam as melhores folhas, algumas mais ambiciosas e corajosas carregavam folhas enormes, ou até mesmo pedaços de frutas e insetos mortos. Faziam uma fila imensa à caminho de sua casa, levando toda comida que podiam nas costas, trabalhando pesado o verão todo para que quando chegasse o frio estivessem todas em seus formigueiros, seguras, quentinhas e de barriguinha cheia.

As formigas são o gênero animal de maior sucesso no planeta, constituem de 15% a 20% de toda biomassa animal terrestre (hein?!). E seus formigueiros (autênticas obras de engenharia, normalmente sunterrâneas, com um complexo sistema de túneis e câmaras com funções especiais – para o armazenamento de alimentos, para a rainha, o “berçário”, onde são tratadas as larvas, etc.) estão por toda parte, menos nos pólos (elas não gostam de frio).

Mas foi então que as cidades começaram a crescer, casinhas, alguns castelos aqui e ali... depois prédios gigantescos, milhares deles, ruas, estradas, carros. E as formigas - altamente organizadas que são - resolveram se adaptar a essa nova realidade, passaram a subir andares e descobriram o AÇUCAR e o açucareiro.

Algumas devem ter tido treinamento ninja porque aparecem (do nada) num piscar de olhos. Outro dia fiz o teste: deixei meu copo de suco de uva (docinho) em cima de uma mesinha no meu quarto, saí do quarto e quando voltei pouco tempo depois... lá estavam elas, algumas já haviam mergulhado no líquido roxo, outras subiam no copo decididas a fazer não sei bem o quê (já que não levariam o suco para seu formigueiro) e outras já estavam organizadas em uma fila que vinha não sei bem de onde. NINJAS. Formigas ninjas.

Aliás, onde fica o formigueiro dessas pequenas abusadas que insistem em invadir minha casa - no 19º andar de um prédio?!

E digo mais, elas não vem só atrás de doce, farelos de biscoito. qualquer resto de comida, ou mesmo beber suco ou leite com chocolate. Elas atacaram o pior remédio do mundo, um que eu corri para não tomar. Essas formigas mutantes, gulosas, "alieninjenas".

Já disse uma vez e não vou repetir: na minha casa não, voltem a carregar suas folhinhas lá no chão.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Que bicho te mordeu?

Um olhar desconfiado. Estranho. Mau-humorado. Caminho mais adiante e, de novo, outro olhar desconfiado. Sério. Sisudo. Amoado.

Brincadeira de criança? Simpatia? Amizade? Cordialidade? Nem pensar.

O menino com raiva da vida, com pinta de maduro, me derrubou no chão, ameaçou me bater, me xingou de nomes. O que fiz eu? Você não tem paciência, já nasceu provido de toda ciência. Que bicho te mordeu?

Cheguei de mansinho pensando em te convidar para brincar um pouquinho, para ser simplesmente criança.  Mas não, hoje você não está de brincadeira, ninguém parece estar. Não sei que bicho te mordeu.

Só depois não reclama, quando ninguém te der atenção, sorriso, olhar, carinho ou até mesmo repreensão. Você vai acabar é emburrado na frente da televisão.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Pressa, pra quê?


Quero deixar uma coisa bem clara: eu não tenho pressa, para nada!

Pense bem, acabo de chegar, curioso como nunca se viu. Tenho um mundo inteiro para explorar, conhecer, experimentar, entender... Quero aproveitar.

Aproveitar cada oportunidade para brincar. Brincar com a minha comida, brincar no banho (desde que não desperdice muito a água do mundo, já sei!), brincar enquanto me visto, brincar toda hora e em todos os lugares. Por que não?

Eu aprendo enquanto brinco e quanto mais brincadeira mais eu aprendo. E tem mais...

O meu jeito de levar a vida à sério é simplesmente não levar nada muito à sério. Mas não se engane! Estou atento, ligado, esperto. Nada passa despercebido.



A borboleta que acabou de voar entre nós enquanto caminhamos em direção a algum lugar, eu vi... observei, documentei. E você, sabe de que cor afinal era a borboleta? Ah, nem reparou. Estava com pressa.

Viu aquela flor? Parecia uma bolsa de velhinha. Ah, já sei. Era a pressa de novo.

Por que aquele homem está deitado na calçada? Ele não tem casa? Você viu? Não?! Ah, já sei, a pressa, ela não deixa você ver nada.

Quer saber? Estou fugindo da pressa. Quero 'sorver' cada minutinho da vida como um delicioso picolé de uva. Porque tenho o meu tempo, só meu. E no meu tempo, não existe pressa. Existe o pensamento rápido, mais rápido que a velocidade da luz. E quando corro, também, sou veloz. Já para todo o resto, devagar, devagar, de-va-gar, a ponto de observar, ver, enxergar - de cima, de baixo, de um lado e do outro - e se bobear ainda ponho na boca só para ver que gosto tem.

Só assim dá pra ver a banda passar. Caso contrário, minha mãe, a vida passa enquanto se está com pressa.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

A música e... todo dente de leite precisa de um empurrãozinho


Eu adoro música. Também, quem não gosta? Ah, meu padrinho não gosta. Mas ele não conta porque ele também não gosta de chocolate, batata frita e nem de viajar. Certamente bom da cabeça não é, e se bobear é até doente do pé.

Bom, mas o que quero dizer com este desenho aqui ao lado é que há pouco tempo (e olha que bem pouco, porque outro dia mesmo eu ainda usava fraldas) fui apresentado a uma banda que se chama U2. E olha que legal: o cantor do U2, o Bono, desenha como eu. Quer ver?! Está no livro Pedro e o Lobo, a história nasceu da ópera do compositor russo Sergei Profiev e as ilustrações da imaginação do próprio Bono e de duas de suas filhas, Jordan e Eve.

Bono se inspirou nele mesmo para criar o personagem principal, o garoto com cabeça de feijão logo aí abaixo. E não é que ele além de desenhar bem como eu também se preocupa com as pessoas que estão em guerra, com aqueles que estão muito doentes, com a gente que tem fome... e com a saúde do planeta Terra. Gostei desse cara logo de cara. Vou convidá-lo para conhecer este espaço, afinal, como canta a minha música favorita "every sweet-tooth needs just a little hit".

Quem canta os males espanta.

Para ver o clip da minha música favorita do U2, acesse: I'll go crazy...

Para saber mais sobre o livro Pedro e o Lobo, acesse: Coluna Ler pra Crescer

terça-feira, 26 de abril de 2011

Chuva



A água entrou na casa da Joice, ela não podia ir à escola naquele dia, nem no outro. Os móveis, suas coisas, tudo se perdeu. Ficamos pensando se a chuva seria algo bom ou ruim.

No campo, no sertão, onde fica um tempão sem chover ou onde a água é esperada para completar a equação - semente + um pouco de água + luz do sol = colheita feliz, a chuva é um presente do céu.

Mas, na cidade quando as nuvens começam a ficar pretas já não se vê tanta alegria. O trânsito pára, alaga tudo e muitas pessoas perdem suas casas.

Pouca chuva não é bom, muita chuva também não. A professora disse que isso acontece porque o planeta está com febre. Então vamos dar remédio pra ele, oras... assim, de repente, passa a chover na medida.

domingo, 24 de abril de 2011

As caixas que andam


Imagine observar o mundo lá de cima como se fossemos curiosos alienígenas, admirados com o modo de vida e as invenções humanas.

Certamente nos chamaria atenção a quantidade de caixas pequenas, médias e grandes que circulam por nosso planeta. Incríveis objetos que, lá de cima, parecem quadrados e retângulos que se movem.

Qual não seria nossa surpresa ao chegar aqui. Olhando mais de perto veríamos que essas formas andam sobre rodas e levam as pessoas por toda parte. Um ótima invenção! Afinal, essas caixas servem para nos ajudar a ir mais longe em menos tempo - sem nos cansarmos tanto quanto se tivéssemos que andar ou correr. Genial!!!

Mas então porque é que quem anda nas caixas pequenas - e olha que é a maioria - está sempre tão irritado? Por que buzinam sem parar e cruzam uns na frente dos outros como se estivessem concorrendo ao grande prêmio de fórmula 1?

Não demoraria e enxergaríamos as "maluquices e coisas sem sentido" desse "sistema de locomoção". Notaríamos que nas caixas pequenas há quase sempre somente uma pessoa (normalmente bem irritada e apressada) bem confortável lá dentro, já nas caixas maiores muita gente, e gente até pendurada. Tudo muito esquisito.

E nem precisaria ser de outro mundo para notar, se bem que eu aqui, que me sinto um pouco alienígena, recém-chegado ao planeta, ainda tento entender o porquê de certas coisas...

Às vezes é bom olhar a vida de fora, como se fossemos de outro mundo, deitar no chão e procurar um novo ângulo, um ponto de vista diferente.

Minha mãe disse uma palavra difícil para explicar porque as pessoas deixam esse tipo de coisa acontecer, disse que quando o ser humano se acostuma com algo que é ruim isso se chama psicoadaptação. Eu por enquanto acho que precisamos pensar em novas soluções... e é urgente!

Para refletir: sugiro a leitura do livro (que acabei de ler) As caixas que andam, de Jandira Masur, com ilustrações de Zeflávio Teixeira, publicado pela Editora Ática.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Todo mundo



O que é família? Quem são aqueles que fazem parte da minha família? São aqueles que têm o mesmo sobrenome que eu? Ou aqueles cujo sangue originaram o meu? São meus pais, meus avós, meus irmãos, tios, tias, primos e primas e só esses?
Ou também todos aqueles que ao meu lado estão?

Eis a questão:

Um homem antigo desenhou um círculo e lá dentro colocou apenas aqueles que para ele tinham algum valor. Pessoas que compartilhavam o mesmo pensamento que o seu, pessoas que tinham o mesmo ponto de vista que o seu e mais uns outros que de alguma forma lhe eram interessantes. Vi que ele deixou de fora um filho e uma porção de pessoas legais. Indignado, perguntei o por quê. O homem, muito sisudo e mal humorado, sem muita convicção, disse apenas que o menino não era como ele gostaria, não tinha os requisitos necessários para estar em seu círculo e também não respondia às suas expectativas.

Expectativas, requisitos? Então quer dizer que a gente contrata as pessoas para fazerem parte da família assim como se contrata funcionários para uma empresa?

Que coisa estranha.

Comigo não é assim: para fazer parte da minha família basta saber duas coisas: amar e respeitar. E olha que nem precisa SER só humano, pode SER animal, vegetal e até mesmo um SER alienígena. E se tiver que preencher algum requisito, que seja saber SER amigo acima de tudo.

Tentei desenhar um círculo para colocar lá dentro todos os membros da minha família, não deu. Descobri que o círculo capaz de abrigar toda a minha família teria de ser grande, mas muito grande mesmo. Um círculo que nunca caberia num pedaço de papel. Na verdade, um círculo para abraçar toda a minha família teria de ser assim... do tamanho do Mundo, pois só assim pra caber todo mundo.

No desenho aí acima, feito em papel A4, não coube muita gente. Desenhei, então, minha mãe, meu pai, meu amigo Tarso e eu.

terça-feira, 29 de março de 2011

As mãos



Enquanto imprimia suas mãos no pedaço de papel alguém em algum outro lugar escrevia uma mensagem, outro plantava uma horta, muitos construiam casas, consertavam coisas, inventavam soluções e faziam descobertas. Ao mesmo tempo, outras tantas pessoas usavam suas mãos para segurar armas, atirar pedras, distribuir medo e horror, destruir e arruinar.

Naquele mesmo dia, depois de sujar suas mãos com tinta, o menino desenhou até cansar. Pintou, inventou uma cidade inteira, imaginou uma corrida de carros, criou um desfile de escola de samba usando peças de um brinquedo. Correu, pulou, jogou bola e por fim, depois de espalhar alegria e brincadeira por onde passou, abraçou sua mãe e muito contrariadamente foi dormir. Ele mal podia esperar o próximo dia chegar, porque apesar de tão pequeno já sabia: quanta coisa boa a gente pode fazer com nossas mãos, um pouco de criatividade e boa vontade.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Fim ou um novo começo?



A escavadeira

Outro dia, vi um menino brincando de Lego. Ele e seu amigo criaram uma cidade inteira. Pontes, prédios, ruas e diversas outras construções onde, na imaginação deles, devia morar muita gente.

As vozes imitando as pessoas falando, som de buzina, sirene. De repente, uma avalanche e em segundos tudo que eles tinham construído a manhã toda estava destruido. O amigo que havia ajudado a colocar peça sobre peça ficou triste. Pensou que estava tudo perdido e disse que não queria mais brincar. O outro, contente, via naquela bagunça uma oportunidade de reconstruir tudo de novo, só que dessa vez diferente.

Então, apesar de triste, o amigo mais medroso se juntou ao outro e os dois subiram na escavadeira. Primeiro limparam tudo e logo em seguida iniciaram a reconstrução.

- Dessa vez vamos construir uma cidade do futuro, melhor que a outra, disse o mais animado.
- Tá bom. Nessa nova cidade vai caber todo mundo, todos vão ser amigos e até os inimigos vão ajudar, disse o outro.

A cidade ficou incrível. Foi até difícil parar a brincadeira e guardar tudo quando a mãe chamou. Mas agora eles já sabiam: podiam começar e recomeçar, sempre.

quarta-feira, 16 de março de 2011

O ditado topológico e as coisas que mais gosto



Na rua onde o Milton Nascimento morava tinha uma casa. Ao lado dela havia uma árvore. Em cima da árvore morava um passarinho. Milton gostava de tocar violão embaixo desta árvore...

Vagas lembranças. Uma árvore, minha rua? Um violão? Não. Um carrinho favorito, a bicicleta, meu primeiro ralado no joelho? Memórias e mais memórias dos meus dias de menino. O Milton gostava de tocar violão embaixo de uma árvore. E eu?! Afinal, das coisas que vivi quais ainda guardo comigo? Será que sei dizer o que mais gosto de fazer?

Ah, agora é fácil, quando estou bem à vontade gosto de olhar para as nuvens no céu, pular numa poça bem grande, rir sem motivo e desenhar o mundo do meu jeito. Sem horário, sem limites, sem qualquer obrigação. E depois?...

Um desenho e a estória já vem




Cavaleiro a procura de uma princesa. Até agora, nada. Será que existem mesmo princesas?

Por hora, apenas pensando em um nome para o solitário aí ao lado. Alguma ideia?!

Cavaleiros, ninjas, alienigenas, monstros, piratas...
Daqui a pouco outro desenho.