quinta-feira, 28 de abril de 2011

A música e... todo dente de leite precisa de um empurrãozinho


Eu adoro música. Também, quem não gosta? Ah, meu padrinho não gosta. Mas ele não conta porque ele também não gosta de chocolate, batata frita e nem de viajar. Certamente bom da cabeça não é, e se bobear é até doente do pé.

Bom, mas o que quero dizer com este desenho aqui ao lado é que há pouco tempo (e olha que bem pouco, porque outro dia mesmo eu ainda usava fraldas) fui apresentado a uma banda que se chama U2. E olha que legal: o cantor do U2, o Bono, desenha como eu. Quer ver?! Está no livro Pedro e o Lobo, a história nasceu da ópera do compositor russo Sergei Profiev e as ilustrações da imaginação do próprio Bono e de duas de suas filhas, Jordan e Eve.

Bono se inspirou nele mesmo para criar o personagem principal, o garoto com cabeça de feijão logo aí abaixo. E não é que ele além de desenhar bem como eu também se preocupa com as pessoas que estão em guerra, com aqueles que estão muito doentes, com a gente que tem fome... e com a saúde do planeta Terra. Gostei desse cara logo de cara. Vou convidá-lo para conhecer este espaço, afinal, como canta a minha música favorita "every sweet-tooth needs just a little hit".

Quem canta os males espanta.

Para ver o clip da minha música favorita do U2, acesse: I'll go crazy...

Para saber mais sobre o livro Pedro e o Lobo, acesse: Coluna Ler pra Crescer

terça-feira, 26 de abril de 2011

Chuva



A água entrou na casa da Joice, ela não podia ir à escola naquele dia, nem no outro. Os móveis, suas coisas, tudo se perdeu. Ficamos pensando se a chuva seria algo bom ou ruim.

No campo, no sertão, onde fica um tempão sem chover ou onde a água é esperada para completar a equação - semente + um pouco de água + luz do sol = colheita feliz, a chuva é um presente do céu.

Mas, na cidade quando as nuvens começam a ficar pretas já não se vê tanta alegria. O trânsito pára, alaga tudo e muitas pessoas perdem suas casas.

Pouca chuva não é bom, muita chuva também não. A professora disse que isso acontece porque o planeta está com febre. Então vamos dar remédio pra ele, oras... assim, de repente, passa a chover na medida.

domingo, 24 de abril de 2011

As caixas que andam


Imagine observar o mundo lá de cima como se fossemos curiosos alienígenas, admirados com o modo de vida e as invenções humanas.

Certamente nos chamaria atenção a quantidade de caixas pequenas, médias e grandes que circulam por nosso planeta. Incríveis objetos que, lá de cima, parecem quadrados e retângulos que se movem.

Qual não seria nossa surpresa ao chegar aqui. Olhando mais de perto veríamos que essas formas andam sobre rodas e levam as pessoas por toda parte. Um ótima invenção! Afinal, essas caixas servem para nos ajudar a ir mais longe em menos tempo - sem nos cansarmos tanto quanto se tivéssemos que andar ou correr. Genial!!!

Mas então porque é que quem anda nas caixas pequenas - e olha que é a maioria - está sempre tão irritado? Por que buzinam sem parar e cruzam uns na frente dos outros como se estivessem concorrendo ao grande prêmio de fórmula 1?

Não demoraria e enxergaríamos as "maluquices e coisas sem sentido" desse "sistema de locomoção". Notaríamos que nas caixas pequenas há quase sempre somente uma pessoa (normalmente bem irritada e apressada) bem confortável lá dentro, já nas caixas maiores muita gente, e gente até pendurada. Tudo muito esquisito.

E nem precisaria ser de outro mundo para notar, se bem que eu aqui, que me sinto um pouco alienígena, recém-chegado ao planeta, ainda tento entender o porquê de certas coisas...

Às vezes é bom olhar a vida de fora, como se fossemos de outro mundo, deitar no chão e procurar um novo ângulo, um ponto de vista diferente.

Minha mãe disse uma palavra difícil para explicar porque as pessoas deixam esse tipo de coisa acontecer, disse que quando o ser humano se acostuma com algo que é ruim isso se chama psicoadaptação. Eu por enquanto acho que precisamos pensar em novas soluções... e é urgente!

Para refletir: sugiro a leitura do livro (que acabei de ler) As caixas que andam, de Jandira Masur, com ilustrações de Zeflávio Teixeira, publicado pela Editora Ática.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Todo mundo



O que é família? Quem são aqueles que fazem parte da minha família? São aqueles que têm o mesmo sobrenome que eu? Ou aqueles cujo sangue originaram o meu? São meus pais, meus avós, meus irmãos, tios, tias, primos e primas e só esses?
Ou também todos aqueles que ao meu lado estão?

Eis a questão:

Um homem antigo desenhou um círculo e lá dentro colocou apenas aqueles que para ele tinham algum valor. Pessoas que compartilhavam o mesmo pensamento que o seu, pessoas que tinham o mesmo ponto de vista que o seu e mais uns outros que de alguma forma lhe eram interessantes. Vi que ele deixou de fora um filho e uma porção de pessoas legais. Indignado, perguntei o por quê. O homem, muito sisudo e mal humorado, sem muita convicção, disse apenas que o menino não era como ele gostaria, não tinha os requisitos necessários para estar em seu círculo e também não respondia às suas expectativas.

Expectativas, requisitos? Então quer dizer que a gente contrata as pessoas para fazerem parte da família assim como se contrata funcionários para uma empresa?

Que coisa estranha.

Comigo não é assim: para fazer parte da minha família basta saber duas coisas: amar e respeitar. E olha que nem precisa SER só humano, pode SER animal, vegetal e até mesmo um SER alienígena. E se tiver que preencher algum requisito, que seja saber SER amigo acima de tudo.

Tentei desenhar um círculo para colocar lá dentro todos os membros da minha família, não deu. Descobri que o círculo capaz de abrigar toda a minha família teria de ser grande, mas muito grande mesmo. Um círculo que nunca caberia num pedaço de papel. Na verdade, um círculo para abraçar toda a minha família teria de ser assim... do tamanho do Mundo, pois só assim pra caber todo mundo.

No desenho aí acima, feito em papel A4, não coube muita gente. Desenhei, então, minha mãe, meu pai, meu amigo Tarso e eu.