terça-feira, 29 de março de 2011

As mãos



Enquanto imprimia suas mãos no pedaço de papel alguém em algum outro lugar escrevia uma mensagem, outro plantava uma horta, muitos construiam casas, consertavam coisas, inventavam soluções e faziam descobertas. Ao mesmo tempo, outras tantas pessoas usavam suas mãos para segurar armas, atirar pedras, distribuir medo e horror, destruir e arruinar.

Naquele mesmo dia, depois de sujar suas mãos com tinta, o menino desenhou até cansar. Pintou, inventou uma cidade inteira, imaginou uma corrida de carros, criou um desfile de escola de samba usando peças de um brinquedo. Correu, pulou, jogou bola e por fim, depois de espalhar alegria e brincadeira por onde passou, abraçou sua mãe e muito contrariadamente foi dormir. Ele mal podia esperar o próximo dia chegar, porque apesar de tão pequeno já sabia: quanta coisa boa a gente pode fazer com nossas mãos, um pouco de criatividade e boa vontade.

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